Workshop Todo Filho em Família
Dia Internacional da Adoção
Abba Pai.
Uma expressão que não é toda pessoa que pode dizer. Ela é o chamado a quem teve seu destino assegurado no amor do Pai, espelhado por meio de uma família. Nós, filhos temos esse privilégio. E esse amor que nos adotou nos conduz naturalmente a espalhar a boa notícia de que Deus tem muitos filhos e os quer próximo a ele.
Hoje é o dia internacional da adoção.
Nossa oração é que Deus nos ajude, como seus filhos, a buscar nossos irmãos. Nossa oração é que toda criança e adolescente em vulnerabilidade seja devidamente acolhido em uma família, como o primeiro passo, para se conhecer o Pai, bom e perfeito, eternamente amoroso. Nossa oração é que a Igreja do Senhor se levante e não permita que tenhamos crianças abandonadas, sem família e sem perspectiva em nosso país.
Deus te use. Deus te abençoe. Deus te levante. Nosso chamado é mudar essa realidade!
Conheça a “Busca Ativa”
Entenda o que é a Busca Ativa, um programa especial de adoção do sistema jurídico brasileiro.
Continue readingVoluntários também mudam histórias
Alguns voluntários são muito mais do que suas profissões e habilidades podem produzir. Estava lembrando que daqui há alguns dias deixarei de usar uma prótese dentária móvel, depois de uns três anos. Ela me foi útil durante esse tempo, mas não vejo a hora de tirá-la de uma vez por todas. Isso só está sendo possível, por conta de alguém que enxerga além dos olhos, porque enxerga com o coração. É isso mesmo. O coração tem a habilidade de ver através da retina da empatia compassiva.
A Dra Lisiane, uma dentista de Curitiba-PR, onde moramos, conheceu a nossa história de adoção pela minha filha Carolynne que era professora de sua filha. Ficou tocada pelo que ouviu, e prontamente se pôs a disposição para ajudar naquilo que é sua competência. Nunca tinha nos visto, mas seu coração enxergou a possibilidade e a oportunidade de poder servir com seu dom, pessoas que tinham necessidades justamente e ou também em sua área de atuação. Meu sexto filho, pela escala das idades, fez uma avaliação e iniciou um processo ortodôntico.
Levei-o a um dos atendimentos, e fui chamado para ver como ele estava falhando na sua higiene bucal, tão importante no processo de tratamento, e sempre na verdade. Esta conversa meio bronca no Cristofer, virou um papo a respeito dos meus dentes. Bem tortos por conta de perdas dentárias durante minha infância/adolescência, havia uns três anos que começara a sofrer com dores próximas ao maxilar esquerdo tão fortes, que achava que sofria de otite. Já tinha passado em um otorrino que depois de examinar me encaminhou para um dentista.
Foi estranho pra mim, mas não hesitei em procurar, porque aquela dor era realmente insuportável, e já irradiava pelos nervos até a cabeça. Muito desconfortável realmente. Foi então que entrou na minha vida a tal prótese móvel. Trouxe um alívio nas dores logo nas primeiras semanas, no entanto, se tornou um incômodo visitante na minha boca do qual teria que cuidar diligentemente de agora em diante, num infindo e desagradável tira e põe daquele conjunto de metal com não sei mais o que, imitando horrorosamente meus dentes.
Naquela conversa nasceu uma nova esperança para mim. Por mais que aquelas dores tivessem melhorado sensivelmente com a prótese, meus dentes continuavam disformes, e minha mordida ainda estava desencontrada ao ponto de prejudicar a trituração dos alimentos causando por vezes desconfortos estomacais. É sério. A questão já estava muito além da estética, mas por conta dela, os prejuízos no tocante a qualidade de vida em vários aspectos eram desalentadores. Apesar de me considerar uma pessoa bem resolvida, aquela situação estava me incomodando também pelo fato de ter que falar em público com frequência. Já estava mexendo com minha autoestima.
Saí daquele atendimento com data marcada para retornar, e iniciar um tratamento ortodôntico com valor social. Não teria condição de assumir o tratamento do Cristofer, muito menos de nós dois. Ele já vinha sendo atendido com custo zero neste consultório. Fiquei realmente muito feliz naquele dia, e grato a Deus por tamanha provisão. Uma nova expectativa renasceu dentro de mim.
Vou falar do Cristofer em outro momento, mas só para entendermos um pouco o valor desse momento, quero comentar algumas coisas. Ele veio, junto com seus irmãos, de um contexto de perdas e dores muito profundas em várias instâncias de sua vida, embora tão novinho ainda. Nós, enquanto pai e mãe estávamos propostos a dar o melhor de nós para eles, porque sempre entendemos que o que ansiavam era por uma família. Por um pai e uma mãe, e não por coisas ou bens materiais, não que não as desejassem também. Porém as demandas trazidas por eles estavam indo um pouco além da fronteira daquilo que podíamos suprir, para ressarssir seus valores e estimas roubados pela rejeição que vivenciaram. Pode parecer irrelevante para alguns essa questão dentária, mas para ele, no futuro, seria mais uma ferida aberta, que certamente contribuiria para mais rejeições, discriminação e bem possivelmente uma vida infeliz e depreciativa. Aquele tratamento estava dando de volta para ele, o sorriso da alma. Estava devolvendo para ele parte de sua autoestima. Apesar de reclamar de ter que fazer aquela trabalhosa limpeza diária, tinha consciência do bem que aquilo representava para ele.
Pessoas iluminadas por Deus podem ver a milhares de quilômetros de distância. Elas podem alcançar por sua visão transcendente, pessoas em países longínquos que estão pedindo socorro pelas mais variadas necessidades básicas e prementes. Muitas pessoas assim, se voluntariam em causas nobres, deixam tudo para trás e partem numa missão Divina, e não descansam até que a missão esteja cumprida. Só sentem suas almas supridas, quando derramam suas vidas através de seus dons e talentos para reparar os danos sofridos naqueles. Alguns abrem seus consultórios, escritórios, suas empresas, seus recursos, e recebem a estes com amor, sabendo que sua possibilidade de servir, está bem ali, ou bem aqui, debaixo de seus olhos. São seres que não estão presos naquilo que possuem. Na verdade são livres do cárcere das avarezas, e “põem o que são naquilo que fazem”. São muito mais do que suas profissões e habilidades podem produzir.
Obrigado Deus por estes!
Marcos e Ingrid são pais de 8 filhos, 5 deles por adoção. Leia mais sobre a história deles aqui: https://www.gazetadopovo.com.br/viver-bem/comportamento/familia-mendes-prova-que-amor-fala-mais-alto-que-sangue/
Quebre as barreiras, construa pontes
“Deixem os pequeninos e não os impeçam de vir a mim, porque dos tais é o Reino dos Céus”. Mateus 19:14.
O Reino do Céus é um reino de paz, justiça e alegria no Espírito Santo. No Brasil, milhares de crianças e adolescentes vivem em situação de vulnerabilidade. Há muitas crianças e jovens que sofrem constantemente violências, abusos, abandono e negligências. Outras tantas vivem nas ruas em universo paralelo à vida que a maioria de nós conhece.
A mensagem de Jesus nos chama e abrirmos as portas e apontarmos o caminho para que estes meninos conheçam o Reino e se tornem cidadãos do mesmo. Mas como ouvirão se não há quem pregue ? E não me refiro a uma pregação falada, mas a uma pregação vivida. Crianças não vão aprender sobre o Reino de Deus por meio de sermões se não tiverem uma experiência de amor paternal funcional; aquele amor que cuida, nutre, protege e potencializa o desenvolvimento saudável. Amor se mede sim:
Com beijos, abraços, palavras de afirmação… e assim podemos ir apresentando o Reino a estes pequenos.
Deus resolveu ter uma família e por sua infinita graça e misericórdia, por meio de Jesus Cristo decidiu nos adotar como seus filhos. Agora, apesar de nós, somos filhos de Deus, herdeiros com Cristo co -participantes da Sua glória e cidadãos do Reino. Como temos propagado a paz, a alegria e justiça do Reino às crianças e adolescentes vulneráveis?
A Igreja pode impactar e transformar estas histórias de várias formas: Adotando, apadrinhando, acolhendo, ensinando, se voluntariando, apoiando famílias, contribuindo, orando…a única coisa que não podemos é permanecer deitados eternamente em berço esplêndido como se não tivéssemos nada a ver com o sofrimento e a orfandade dos nossos irmãos. O evangelho de Cristo nos tira da nossa zona de conforto. Então, que possamos obedecer o mandamento de Cristo, encarnar o Espírito de adoção pelo qual podemos clamar Aba Pai, e exercer o ministério da reconciliação.
Sara Vargas
Fui adotado!
#fuiadotado #wwo #wwobrasil #adocao #acolhimentofamiliar #apadrinhamentoafetivo #adotivo #filhos #igrejaadotiva
Continue readingPor uma Igreja Adotante
O fenômeno do pertencimento é essencial para se viver de maneira inteira. E o drama do abandono, orfandade e maus tratos tem conduzido milhares de crianças e adolescentes à realidade da institucionalização e de uma espera cruel em torno do sonho de ter uma família para se chamar de sua…
Continue readingPorque os processos de adoção são demorados?
Sempre que se fala em adoção, este é um fator que aparece, seja pelos pretendentes que desejam que seus filhos cheguem rapidamente, seja pelos que os ouvem dizer da demora, seja pelos atores que trabalham nos processos, os quais nem sempre possuem condições e/ou vocação para atender ao princípio da celeridade nestes casos, mas quase ninguém pensa no tempo da criança e do adolescente que, privado da convivência familiar, permanece com sua vida, seu desenvolvimento estagnado, aguardando uma decisão dentro de uma instituição, ainda que a mesma se esforce para prestar um bom serviço.
O melhor lugar para uma criança e adolescente, sempre será uma família!
Para nós, o bem estar da criança e adolescente é o ponto prioritário e todas as nossas intervenções junto aos órgãos responsáveis pelas políticas de atendimento, em nível municipal, estadual ou federal é para que as mudanças legislativas tenham como foco estes sujeitos, assim como pela qualidade e especificidade do trabalho que eles requerem e necessitam.
Outro ponto a esclarecer é que os motivos que levaram aquela criança ou adolescente ao acolhimento são inerentes ao seu grupo familiar e não nelas especificamente. Assim, a criança que recebe a medida protetiva de acolhimento receberá também atendimentos e cuidados das equipes dos serviços de acolhimento e da rede, mas nem sempre, sua família também é rapidamente inserida nos atendimentos necessários para que o motivo da retira do seu filho seja revertido e eles possam retornar para casa.
A crise da infância é, antes de tudo, uma crise de famílias. Nesse sentido, é importantíssimo que a Igreja se conscientize de que somada às ações adotivas, é importante em paralelo o cuidado preventivo em famílias em vulnerabilidade. É preciso olhar o cenário em todas as suas dimensões. Alguns serão chamados à adoção, outros a fortalecimento de famílias e outros em acolhimento familiar, apadrinhamento afetivo, aconselhamento de casais, etc.
Assim, se as políticas públicas de atendimento da saúde (física e mental), habitação, assistência social não funcionarem, não atenderem imediatamente esta família, o cenário não se modificará e a criança e adolescente permanecerão acolhidas. Também é importante dizer que o processo é feito de um protocolo, passo a passo, os quais não podem ser ignorados para a garantia do processo legal.
Então, porque existe tanta demora nos processos de adoção?
Por pelo menos 2 motivos básicos: 1) existe um processo legal que segue o ritmo da justiça brasileira e 2) existem critérios em torno do perfil da criança (idade, cor, característica geral de saúde, se tem irmãos ou não) que, quanto mais rígidos/específicos por parte da família postulante, mais complexidade é posto no caso e mais dificilmente o sistema encontrará criança (ou adolescente) nessas condições.
Orientação para Cuidados Parentais
A UNICEF, OMS, dentre outras organizações, lançou um documento com orientações e dicas para cuidados parentais especialmente para esta fase de enfrentamento ao COVID19.
A World Without Orphans é parceira neste projeto e a equipe do WWO Brasil cooperou traduzindo o documento para a língua portuguesa. Encaminhamos este importante e útil documento.
Que Deus o abençoe ricamente! Venceremos juntos esse vírus.
Equipe WWO Brasil
COVID19 Orientações para cuidados parentais