O fenômeno do pertencimento é essencial para se viver de maneira inteira. E o drama do abandono, orfandade e maus tratos tem conduzido milhares de crianças e adolescentes à realidade da institucionalização e de uma espera cruel em torno do sonho de ter uma família para se chamar de sua.
Segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), 11,7% dos pretendes à adoção no Brasil buscam crianças com até um ano de idade; 0,86% é o percentual de bebês disponíveis nessa faixa etária; 63,2% dos candidatos não aceitam crianças com irmãos; 60,8% dos acolhidos não estão sozinhos nos abrigos.
A expectativa e a realidade colidem frontalmente no dia a dia dessas crianças e adolescentes. Não é difícil, especialmente na Igreja, encontrar famílias sensíveis e até desejosas da adoção, apadrinhamento afetivo e acolhimento familiar. Porém, o que se percebe é que ainda há um enorme desconhecimento sobre a realidade, os dados, os números e especialmente o fenômeno da institucionalização – o que significa para uma criança “crescer” em abrigos.
Um dos meios que entendemos ser fundamental para destruir mitos e conceitos equivocados é a formação de Grupos ou Ministérios de Adoção a partir das Igrejas Locais. Ministérios, teriam uma natureza mais focada na Igreja em si, com linguagem, programa e até mesmo formação bíblica sobre o tema, em paralelo aos princípios jurídicos, psicológicos, sociológicos e outros em torno do tema.
Já o Grupo de Apoio à Adoção é um serviço oferecido à sociedade a partir da Igreja. Ou seja, ele não se restringe aos membros da igreja local e tem uma linguagem mais aberta a não cristãos.
Seja qual for a estratégia, uma coisa é fato: adoção é um fenômeno da Graça de Deus. E nós, que fomos adotados em Cristo (Rm. 8:15) e hoje podemos dizer “Abba, Pai” não podemos ser indiferentes, como Igreja a realidade de milhares e milhares de tantos brasileirinhos (e milhões de crianças pelo mundo a fora).
Quer começar um grupo ou ministério? Conte conosco!