Quem são as crianças em risco no Brasil
A situação das crianças e adolescentes brasileiros se dá, primáriamente, no quesito da vulnerabilidade social e em segundo plano e menor número, pela orfandade em si: a perda “literal” de pai, mãe ou responsáveis.
Assim, nosso ponto mais sensível, no contexto brasileiro é o abandono, pelos mais diversos motivos e, consequentemente por aquilo que ele gera no coração da criança: dor, rejeição, insegurança e desespero. São casos em que pais se encontram presos, envolvidos com drogas, expostos a extrema miséria, desaparecidos por alguma razão, vitimados por acidentes, dentre outros casos sociais difíceis e dolorosos.
As rupturas familiares acontecem principalmente por abandono, violência, negligência e abusos. A criança se vê desprotegida e, não raro, exposta a fome, abusos de toda natureza e em risco de vida em muitos casos. É dever da família, da sociedade e do Estado garantir os direitos fundamentais dessas crianças e jovens, fazendo-se necessário a promoção de programas, intervenções e ações para tal.
Também temos casos especiais, de crianças que sendo vitimas de maus tratos – ou não – deixam seus lares e passam a viver nas ruas, situação que potencializa em muitos sua exposição à criminalidade e condições extremamente insalubres de vida.
O primeiro passo para resolver qualquer problema é entendê-lo.
Há uma necessidade urgente de realizarmos avaliações mais abrangentes sobre a presença e a localização de órfãos e crianças vulneráveis em todos os países do mundo, para entendermos completamente o escopo do problema e as necessidades das crianças, a fim de desenvolvermos as melhores soluções possíveis.
Essas avaliações devem incluir informações precisas e atualizadas sobre o número de crianças e adolescentes que precisam de colocação permanente em uma nova família, que vivem em instituições de acolhimento e famílias acolhedoras, que vivem nas ruas ou que estão sob outras formas de cuidado não permanente. Também precisamos de dados sobre crianças que sofrem abuso, negligência ou exploração e que foram removidas de seus pais, temporária ou permanentemente, para garantir sua segurança.
Nem todas as crianças e adolescentes estão em condições vulneráveis absolutamente. Muitos deles já vivem em famílias que podem ser fortalecidas para garantir a permanência e a segurança para essas crianças. Devemos apoiar essas famílias e as comunidades que cuidam delas.